Lisboa eu visito

A Casa do Educador visita Lisboa

No dia 17 de Março, e na continuidade do programa “Lisboa eu Visito”, cerca de quarenta e cinco sócios e amigos da Casa do Educador visitaram uma vez mais, outra zona histórica de Lisboa, embora o tempo não convidasse, mas lá fomos para o antepenúltimo passeio.

Conforme o programa estabelecido começamos pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), situado na Rua Ivens,  em pleno Chiado. Aí, tínhamos à nossa espera o Pedro, guia do museu, que nos acompanhou e explicou algumas obras de arte que este museu alberga, sendo importante o espólio de pintura e escultura.

Na pintura podemos admirar obras de: Columbano Bordalo Pinheiro, Francisco Augusto Metrass, João Vaz, João Marques de Oliveira, Lupi (Miguel Angelo)...e muitos outros. Falando ainda de Miguel Angelo Lupi, que pintou o quadro de D. Maria das Dores de Sousa Martins, o autor deste texto recordou ao nosso guia, Pedro, que quando tinha doze anos fez uma visita escolar a este museu e todo o pormenor desta pintura ficou-lhe na memória, até hoje. Nesta obra de Lupi, impressionou-lhe a rígida expressão do rosto e a  pose das mãos envelhecidas. Este retrato é um exemplo nacional dos mais bem conseguidos do século XIX.

Deixámos o museu com os desejos de lá voltar. Entretanto aproximou-se a hora de almoço e cada um seguiu o seu destino com reencontro marcado, no Largo do Carmo.

A chuva não nos impediu de continuarmos a nossa visita. À hora marcada juntamo-nos no Largo do Carmo onde o Dr. Miguel Soromenho nos aguardava para a explicação do referido largo, palco de grandes acontecimentos históricos. Seguimos para o Convento do Carmo de grande importância histórica e económica. ruína do Convento do Carmo é uma das paisagens mais impressionantes de Lisboa. É um lembrete do devastador terramoto de 1755 que destruiu a maior parte da cidade, embora a arquitectura gótica remonte ao século XIV. O Convento  do Carmo fundado por D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável de Portugal, em 1389. Foi ocupado, inicialmente, por frades carmelitas provindos do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Moura, no Alentejo, chamados por D. Nuno para ingressar no convento de Lisboa em 1392. Em 1404 D. Nuno doou os seus próprios bens ao convento e, em 1423, ele mesmo ingressou no convento como religioso, período em que as suas obras estariam concluídas. Foi aqui que D. Nuno Alvares Pereira passou o resto dos seus dias, depois de ter dado a Portugal grandes vitorias. Seguiu-se a explicação das obras existentes no Museu Arqueológico do Carmo.  Este museu instalado nas Ruínas da antiga Igreja do Carmo, foi fundado em 1864 e integra peças de valor histórico, arqueológico e artístico, numa cronologia ampla que contempla artefactos e obras desde a Pré-História à época contemporânea. De seguida visitámos o Museu do Quartel do Carmo, também conhecido pelo museu da GNR e por influência do Dr. Miguel Soromenho vimos salas que não estão acessíveis ao público, permitindo assim a visita dos espaços mais emblemáticos do quartel, a exemplo da sala General Afonso Botelho (Salão Nobre) e o gabinete do Comandante-Geral da GNR, local onde teve lugar o célebre encontro de Salgueiro Maia com Marcello Caetano e a transmissão do poder de Marcello Caetano para o general Spínola. E para terminar em apoteose, o Cabo Guerreiro que nos acompanhava, levou-nos à varanda, que dá para o Castelo. Não fora o tempo ventoso e chuvoso, mas mesmo assim, a paisagem que desfrutamos era simplesmente soberba.

Que linda LISBOA é!!...

Julião Assunção

Museu Nacional de Arte Contemporânea

Museu Arqueológico e Museu da GNR

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